segunda-feira, 3 de março de 2014

Salgueiro fala da criação do universo e levanta a torcida na Sapucaí

Agremiação mostrou diversas explicações para o início do mundo.
Truque no carro abre-alas da escola fazia bailarina levitar.

Do G1, em São Paulo


 
Desfile da Salgueiro (Foto: Editoria de Arte/G1)
Com torcida vibrante e samba-enredo cantado em coro nas arquibancadas, a Acadêmicos do Salgueiro foi a quinta escola a entrar na avenida, às 2h47 desta segunda-feira (3). A representante do bairro do Andaraí, na Zona Norte do Rio de Janeiro, já foi nove vezes campeã do carnaval carioca e decidiu falar sobre o início do mundo para alcançar o décimo título (veja todas as fotos do desfile).
Com o enredo  "Gaia, a vida em nossas mãos", a agremiação com 4.100 componentes utilizou a mitologia grega para explicar o início do universo. "Gaia para os gregos significa Terra, o lugar em que habitamos, que cultivamos, onde criamos nossos filhos, onde celebramos a vida com festa, com alegria e, sobretudo, com o carnaval", explicou a escola em seu site oficial.
Mas a Acadêmicos do Salgueiro foi muito além da cultura grega no carnaval de 2014. Ela aproveitou o tema para falar de diversas outras explicações para o início do mundo e para pedir a preservação do planeta Terra.
A Salgueiro, dos carnavalescos Renato Lage e Márcia Lage, foi recepcionada em grande estilo. O público da Marquês de Sapucaí por pouco não anulou a voz dos puxadores do samba cantando mais alto que eles. Algo que lembrou o desfile de 1993, quando a escola pôs na avenida o sucesso "Explode Coração", um dos mais famosos sambas-enredos da história.
E começando assim tudo ficou mais fácil.
A comissão de frente trazia os quatro elementos da natureza (fogo, água, terra e ar) representados pelos deuses africanos, mas o melhor efeito veio logo a seguir, no abre-alas, onde uma bailarina parecia levitar em cima do carro alegórico.
O segundo carro, de 47 metros de comprimento, representava o elemento terra e trazia animais e índios em coreografias bem ensaiadas que criavam um belo efeito na avenida.
A escola passava e nada de o público parar de cantar. Algumas alas eram aplaudidas de pé.
A alegoria das águas também não ficou atrás em beleza. Bem iluminada e com uma  imensa serpente marinha, o azul de todo o veículo se destacava na Sapucaí e dava mais brilho ao desfile.
O carro do fogo, apesar de ter apresentado problemas na iluminação em sua passagem pela Sapucaí, também chamava a atenção, mostrando o elemento adotado como sinônimo de poder por povos da América pré-colombiana, como maias e incas.
Curioso também foi o grandioso templo hindu retratado no carro do ar. Neste setor, a escola fez um alerta sobre a importância da preservação do planeta e contra o caos, a ganância e o poder da destruição.
Faltando ainda mais sete agremiações para desfilar, é cedo para falar se a Salgueiro tem chances de levar o título, mas certo é que, pelo menos nesse primeiro dia do Grupo Especial, ela foi a escolhida das arquibancadas. A escola terminou a apresentação ouvindo gritos de "É campeã".




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