terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Seis escolas encerram desfiles no Rio; Mangueira e Mocidade fazem público cantar

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http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u694710.shtml



TATIANA SANTIAGO
JULIANNA GRANJEIA
colaboração para a Folha Online

A primeira e a última escola do segundo dia de desfiles na Marquês de Sapucaí fizeram o público do sambódromo cantar. A Mocidade Independente de Padre Miguel e a Mangueira foram as mais animadas do último dia de desfiles do Grupo Especial no Rio.

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A Mocidade Independente de Padre Miguel abriu a noite com o enredo "Do Paraíso de Deus ao Paraíso da Loucura, Cada um Sabe o que Procura".

O enredo foi dividido em duas partes. A primeira mostrou a visão tradicional do paraíso divino e a segunda retratou o paraíso criado pela ambição do homem.

Rafael Andrade/Folha Imagem
Carro abre-alas da Mocidade mostrou o paraíso de Deus e trouxe uma serpente com 9 metros de comprimento e 8 metros de altura


Com o clássico de Noel Rosa 'Com que Roupa... Eu Vou? Pro Samba que Você me Convidou', a Porto da Pedra, segunda escola a desfilar na Marquês de Sapucaí na noite de segunda-feira, contou a história da moda com homenagem aos grandes estilistas.

A estudante Geisy Arruda, que foi hostilizada em uma universidade de São Paulo, foi o destaque do carro Renascimento, que representou o quarto da rainha Elizabeth. Ela encenou a rainha e usava um vestido rosa, que lembrava a roupa que ela vestia no dia do tumulto. O desfile terminou prestigiando grandes nomes da moda brasileira como Zuzu Angel, Lenny Niemeyer, Alexandre Herchcovitch, Lino Vilaventura e outros estilistas.

Danilo Verpa/Folha Imagem
O abre-alas levou para a avenida um tigre garotão, com boné e piercing na língua e sobre o olho; o tigre é o símbolo da escola

A Portela, terceira escola a desfilar na Marquês de Sapucaí, já na madrugada desta terça, fez um desfile hi-tech com muito neon e poucas plumas para contar o enredo "Derrubando Fronteiras, Conquistando Liberdade... Rio de Paz em Estado de Graça".

O carro abre-alas, "Águia, backbone do espaço sideral e Rio de Janeiro, portal digital", representou o Rio de Janeiro como uma cidade futurista com internet livre e gratuita. No quinto carro alegórico da Portela, um centro cirúrgico foi representado com um robô fazendo exames em 3D em mulher grávida.

A Grande Rio comemorou os 25 anos da Marquês de Sapucaí com uma retrospectiva dos momentos que marcaram a história do sambódromo. O gari Renato Sorriso e Joãosinho Trinta foram os grandes homenageados do desfile.

A agremiação também reverenciou as escolas que fazem parte do Grupo Especial em carros e alegorias. O "homem voador" que faria o voo durante a apresentação da Grande Rio não conseguiu fazer sua performance. A mangueira que conduzia o combustível pegou fogo; os bombeiros controlaram as chamas e proibiram a volta do astronauta para a avenida. O personagem relembraria o desfile de 2001, quando Joãosinho Trinta fez um homem flutuar na Sapucaí com um foguete portátil de US$ 120 mil nas costas.

Com uma letra de samba poética, composta por Martinho da Vila, a escola de samba Vila Isabel, quinta escola a desfilar na madrugada desta terça-feira, comemorou o centenário de Noel Rosa com o enredo "Noel: A Presença do Poeta da Vila".

Rafael Andrade/Folha Imagem
Carro abre-alas da Vila Isabel representou o cometa Halley, que passou pela Terra em 1910, ano de nascimento do poeta

A comissão de frente era formada por 15 integrantes que representaram os amigos músicos de Noel. O carro abre-alas representou o cometa Halley, que passou pela Terra em 1910, ano de nascimento do poeta. O terceiro carro alegórico da Vila Isabel, "O Morro tem vez", apresentou casas do morro que se transformavam em um instrumento de percussão. Cartola e Ismael Silva também foram homenageados. O ator Rafael Raposo interpretou Noel.

A Mangueira encerrou os desfiles do Grupo Especial do Rio com enredo sobre a história da música brasileira. As famosas "paradinhas" funk da bateria animaram as pessoas que estavam nas arquibancadas.

A comissão de frente foi formada por casais que dançavam vários ritmos, entre eles, funk, jazz e dança de salão. A primeira parte da escola homenageou o maestro brasileiro Heitor Villa Lobos, que morreu em 1959. O abre-alas "Nossos barracos são castelos" simbolizou a visão que os poetas têm dos morros e homenageou os ícones da MPB (Música Popular Brasileira) como Cartola, Carlos Cachaça, Padeirinho, Tom Jobim, Chico Buarque e Caymmi.

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